sábado, novembro 17, 2007

História da Carochinha

Segundo o Dicionário Shelltox Concise -e eu concordo plenamente -, "Proto-história" corresponde àquele período final da Pré-História em que o relato mítico da existência humana e dos factos ocorridos é feito de forma exclusivamente oral. Por seu turno, chama-se "História" a esse mesmo relato mítico, desde que passou a ser feito através da escrita. Vem durando até aos dias hoje.
Entre povos, impérios, estados, seitas, hordas e nações o privilégio de contar a história decide-se através de guerras.
Tudo indica tratar-se da glória maior deste mundo e a fonte de todas as riquezas, felicidades e virtudes.

3 comentários:

Anónimo disse...

A gloriosa guerra terminou com o início do glorioso século XX. As guerras do século XX deixaram de ser gloriosas. E hoje guerreia-se com botões, em gabinetes silenciosos, distantes dos campos de batalha onde bombas atómicas e outras, chacinam gloriosos exércitos.

As guerras gloriosas acabaram há muito.

Gulfstream

Anónimo disse...

É evidente que a história prevalecente é a contada pelos vencedores das guerras. Mas isso não faz da História, uma história da carochinha.

Note que se os Nazis tivessem ganho a IIª Guerra Mundial, quem se teria sentado no banco dos réus, no tribunal de Nuremberga, seriam os Aliados. Por exemplo, os Americanos, acusados de crimes contra a humanidade, pela matança provocada em Hiroxima e Nagasaki, entre outras.

E nós provavelmente estaríamos a trabalhar nas minas alemãs (em Portugal claro), a engraxar botas de nazis ou a servir refrescos nas esplanadas de Lisboa às suas esposas. E claro, não faltariam gloriosas marchas triunfais, a descer a Avenida da Liberdade (que, se calhar, teria outro nome), a que seríamos obrigados a assistir de braço estendido e a saudar, enquanto os "garbosos" moços nazis passavam.

Gulfstream

Anónimo disse...

O anónimo ainda acredita na história da carochinha. Mas não acredita que seja a história da carochinha!
Que bom. Esplanadas em Lisboa... Vêem-se por toda a Europa, mas em Lisboa são uma pobreza!
Não era assim em Beja? E nos Açores??? E no Porto do século XIX, com os ingleses?