segunda-feira, abril 23, 2012

De Vera Religione



Nestas coisas deve começar-se pelo princípio. Expliquemos então o título, antes de mais. A ideia foi do Labaredas-mor(cão). Disse-lhe eu: "Ouve lá, ó Cospe-Lume, tu que que te esponjáste em não sei quantas bibliotécnicas sugere lá aí um título para um certo número de verdades urgentes que tenho aqui prontas para goelar às massas!... Sobre o Glorioso, bem entendido; mais os copos e as gajas, que quando se trata de sermão, nada como esgotar logo o universo inteiro duma assentada!..."
Diz-me o gajo: "Caguinchas, se é de religião que vais falar,então nem hesites: "De Vera reiligione" é o título que te convém. Aliás, já Santo Agostinho forrou com ele o frontespício duma das suas grandes obras!..."
Devolvo eu: "Ah, bem, que o Agostinho tenha dado em santo, não me admira: o gajo andava sempre a trepar às montanhas, amarinhava por ali a cima que nem um foguete, é seguro que andava no fundo era a treinar para subir ao céu. Mas, foda-se, o tipo era ciclista, não era futebolista e, pior que tudo, o gajo era lagarto! Vou agora pedir empréstimo a um lagarto, deves 'tar a gozar!..."
Vocifera-me ele, naquele vozeirão cavernoso: "Ignorante do caralho! Estou a falar do Agostinho de Hipona, não estou a falar do Joaquim Agostinho!!..."
Atalho eu: "Pronto, pronto, não te enxourices! Confundi o de Hipona com o de Torres Vedras. Acontece, pá. Em vez de virar à direita na Lourinhã, virei à esquerda. 'Tava c'os copos e não vi a tabuleta. Vá, vai lá tratar da ucraniana que agora do resto trato  eu."
E foi assim, ó eleitores, foi assim mesmo que nasceu o título. Passemos agora ao assunto. Vou por pontos:
1. Eu não sei que merda é essa de SLB. SLBê , ou melhor, XLBig deve ser é a marca - a marca e o tamanho da cona da tia (para não dizer doutra senhora mais chegada) destes pseudo-benfiquistas, destes benfiquistas do cuspo, que nunca viram o santo Eusébio jogar, nem o Senhor Coluna, nem o Simões e só o que sabem agora é lambuzar e adular estrangeirada fatela. Até espanhõis, imagine-se. Espanhóis, argentários e mesmo pedófilos bélgicos, para cúmulo. É isto a merda do SLB. Porque o Benfica, o Glorioso, o verdadeiro não apascentava gadeza destas: era tudo português da silva!

2. O Benfica, o Glorioso Benfica não tem qualquer tipo de rivalidade ou contencioso com vinhos,  cervejas, ou qualquer outro tipo de bebidas, brancas, escuras ou meramente espirituosas. A esses líquidos , sem descriminação, o benfiquista autêntico bebe-os, ingere-os, emborca-os, não se zanga com eles. Porto, vermute,  madeira, moscatel, tinto, branco, para nós é tudo igual e não tem espinhas. A nossa rivalidade é com os viscondes, digo, lagartos. O pseudo-benfiquista, o benfiquista do cuspo reconhece-se à distãncia: é aquele que anda sempre, e exclusivamente, com o porto na boca. Na minha opinião o slboi é meio abichanado: só mete à goela vinhos doces e gosta muito de se mascarar de mulher no Carnaval. Por isso mesmo não espanta que, ao mesmo tempo que metem o porto à boca, metem vaselina no cu.

3. O Benfica é uma religião, a única verdadeira - por isso se chama ao seu estádio "A Catedral", que não por acaso se situa na Luz.;  - não é puta de SAD nenhuma. Aliás, sad é uma palavra que nem sequer existe na língua de Camões, não só porque a dita cuja já foi comida pelos vermes, como também porque não consta no dicionário de português. Mas existe no de inglês,essa língua peçonhenta, digo estrangeira, onde significa "triste". Ora o Benfica é Glorioso, é a alegria da nação e o êxtase do bom chefe de família; não é triste, nem, citando a lista completa, "abatido, melancólico, lamentável, deplorável, escuro, sombrio, péssimo, muito ruim, pesado", ou sequer, "húmido". Em suma, o Benfica não é o seu contrário, ou seja, o Benfica não é o SLB SAD.

4. Assim, o Benfica nem devia perder o seu precioso tempo a confrontar-se com clubes Sads. Essas falências adiadas que porqueiam deviam entreter-se umas com as outras a jogar ao berlinde até ao colapso final. O Benfica já devia pensar era no campeonato do futuro, na Taça do Amanhã, onde competirá com dignas potências como a IURD F.C., o  Testemunhas de Jeová e Moscavide, o União Adventistas e Evangélicos, o Vitória do Candomblé, o Sporting Club Ateu, o Sinanoguense,  o Atlético Hindu, o Real Maçon, o Académico dos Mercados, o Socorro e Maometanos, etc, etc.

5. Os árbitros são como as mulheres. Uma mulher que foda por dinheiro é uma puta; uma que foda por amor é uma deusa. Da mesma forma, os árbitros que roubam para os outros clubes, fazem-no por dinheiro: são uns criminosos, uns ladrões, uns nojentos e uns porcos; em contrapartida, os que roubam para o Benfica, roubam por amor: são uns legítimos, uns abnegados, uns virtuosos! Gamar por amor não é crime: é paixão.

6. Seis milhões não é  número de benfiquistas: é o número de judeus mortos pelo Adolfo - o Adolfo alemão, não aquele rapaz que ainda jogou como defesa do Glorioso. Até porque o outro, sendo germnanóide, não podia jogar no Glorioso (embora o Germano, saudoso germano, que nele jogou só era germano de nome, graças a Deus e à mãe dele que teve o bom gosto de o parir para cá da fronteira). Enfim, mas se fosse hoje, no tal SLB SAD quase aposto que jogava. Podia matar is eleitos, os quaresmas e até os  Carlos castros que bem entendesse que não havia problema: só porque era estrangeiro davam-lhe a titularidade e uma apartamento em Cascais. Sim, punham-no a trinco, a dar sarrafada no miolo como aquele espanhol Garcia que para lá pasta agora!... Então pretos, não escapava nenhum!... Mas deixem-se de cabalisticas e outras cabalidades, ó benfiquistas do cuspo, ó SLBês da treta! O que importa não é a quantidade, mas a qualidade. Vale mais um benfiquista verdadeiro que dez mil destes SLBois de pechisbeque! E  para falar com franqueza, benfiquistas a sério, eu já me contentava com onze: os que entrassem todos os domingos dentro do campo, envergando a gloriosa camisola. Ainda sou do tempo em que eram benfiquistas que jogavam no Benfica; não eram apenas pseudo-benfiquistas nas bancadas aos saltos e aos guinchos à volta de benfiquismo nenhum! Não sei se é o nilhismo, como proclama o Labaredas, porque a mim parece-me mais canilhismo. Só ladram. Até deve dar vómitos ao Santo Eusébio. Por isso ele nem larga a toalha da sorte, não vá desconter-se e precisar de limbar os comissos.

7. O Benfiquista sério, honesto e compenetrante (o benfiquista nunca se deixa penetrar, ele é que penetra sempre) distingue-se por ser um bom chefe de família. Agora tentem explicar isso a um destes SLBês da tanga. Se é semi-masculino. naqueles dias raros em que o benfica é roubado escandalosamente e por isso empata ou p.... (a palavra proibida!), vai para casa e bate em quem? Mulher não tem porque se divorciou. Então bate no cão ou na play-station, com quem vive em regime de mancebura. E se é semi-feminino, educa que prole numerosa e atenta nos sacros princípios do benfiquismo até à morte? Qual prole qual carapuça: nos intervalos dos divórcios anda a abortar pelos cantos e hospitais, ou a babar-se com as montras dos shopingues e das telenovelas! Em vez de produzir benfiquistas de gema, despeja-os na retrete ainda girinos! Não admira que os que sobrevivam a uns tais progenituros dêem em SLBês!... Isto, na entremeada dos charros, hamburguers e praxes acadérnicas. E nem já ás putas vão: vão aos computadores!

8. Termino. Com uma notícia que é deverasmente ilustrativa do falso benfiquismo. Reza assim: "Polícia salva homem de ninfomaníaca". Estão a ver? Então não é um grandessíssimo contra-senso? Primeiro porque a polícia não salva, muito menos os homens - prende-os, oprimi-os, impede-os de serem felizes. O que salva é a religião, ou seja, a verdadeira religião - o Benfica. E depois salva um homem duma ninfomaníaca?!! Mas que paneleirice vem a ser esta? Salvar um homem duma ninfomaníaca é o mesmo que salvar um urso duma pipa de mel ou uma orca dum bando de focas bebés! Em síntese, salvar um homem duma ninfomaníaca é salvá-lo do paraíso. Soa mais a despejo abrupto e reincidente do que a salvação! Ah, mas foi o homem que chamou a polícia, diz a notícia. Pois, estão a ver? Aposto que era um SLB!



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